Lilita...
sabes... os nossos passos sao do mesmo tamanho quando caminhamos juntos.
Diário de bordo de dois viajantes interestelares.
1999. A lua afasta-se da terra. O equilíbrio de forças perdeu-se e a base lunar Alfa vagueia rumo ao desconhecido. Cada episódio tem uma mensagem, um conceito, uma discussão filosófica sobre que somos enquanto espécie e indivíduos. A eugenia, a armadilha da imortalidade, o medo do que é diferente (ou de quem é diferente). É sempre bom relembrar que não somos perfeitos e que raramente procuramos atingir essa meta quando ela diverge dos nossos objectivos egocêntricos.
Nunca tive uma agenda. O futuro nunca existiu antes de ser presente. Não sei quem vou ser nem quem quero ser. Não sei para onde vou e não quero que me digam. Gosto de surpresas.
Abafado, encarcerado nos sonhos realizados que se calhar foram demasiado pequenos, estreitos e sem profundidade. Quem podemos culpar quando o que desejamos se concretiza? O mundo é cada vez maior. O meu mundo, aquele eu conheço e imagino existir. Aquele mundo que é único por ser a minha criação. Como eu gostaria de o partilhar. Abrir uma enorme porta, transparente, sensível a quem vem por bem... Como se pode descongelar um coração?